“Eu Não Vejo Retrocesso”, Diz CEO do Grupo Boticário sobre ESG

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

 

No dia 8 de maio de 2025, durante um almoço para jornalistas em São Paulo, lideranças do Grupo Boticário divulgaram o relatório de ESG com informações referentes ao ano de 2024. O documento de 187 páginas destaca avanços em temas como reciclagem, redução da emissão de gases do efeito estufa e poluição da água, além do aumento da representatividade de corpos diversos.

Fernando Modé, CEO do Grupo Boticário desde 2021, destacou a importância da Agenda 2030 para os negócios da companhia, que abrange marcas como Eudora, Vult e Beleza na Web. “Quando estamos falando de ecologia, o prefixo ‘eco’ é o mesmo de economia. Se formos inteligentes, existe uma convergência. Quando economizamos água, não estamos apenas economizando o recurso natural, estamos pagando menos”, diz.

No entanto, alguns indicadores ficaram aquém das metas e, no caso do consumo de água, o resultado foi negativo: a empresa passou de 265,10 megalitros em 2021 para 411,65 megalitros em 2024. 1 megalitro corresponde a 1.000 (mil) metros cúbicos (m³) de água, ou 1 milhão de litros (L). Considerando a média de consumo diário de 200 litros por pessoa, apenas 1 megalitro poderia abastecer 5.000 pessoas por um dia.

Para que a equação sustentável funcione em uma empresa com três fábricas (e uma em construção), oito centros de distribuição, quatro mil lojas e dez mil pontos de vendas, a operação principal é a soma de forças. Luis Meyer, diretor de sustentabilidade, afirma que as estratégias de negócio da companhia são concebidas com as demandas de ESG postas “à mesa”. “Uma empresa pode crescer com um olhar para a sustentabilidade.”

Fabiana de Freitas, vice-presidente de assuntos corporativos, complementa: “Existe um lado comportamental. As equipes sentam juntas desde a criação de um produto. Desta forma, conseguimos fazer os ‘trade-offs’ de forma estratégica.”

Embora a indústria da beleza necessite de inúmeras adaptações para alcançar o ideal de sustentabilidade, visto que elementos essenciais ainda não foram substituídos, como é o caso de fixadores de perfume feitos a partir de secreções animais ou o plástico colorido de difícil reciclagem das embalagens. Para Modé, os desafios podem ser transformados em oportunidades.

“Às vezes, encontramos soluções melhores quando somos disruptivos. Quando entramos com o refil, por exemplo, ou mudamos do plástico para o vidro, embaralhamos as cartas. Essas possibilidades, na perspectiva do consumidor, podem ser recebidas como atributos melhores”, pontua.

Por isso, o executivo vê o assunto como uma “crescente”. “Não vejo retrocesso nenhum [sobre a pauta ESG], apenas avanços.”

O post “Eu Não Vejo Retrocesso”, Diz CEO do Grupo Boticário sobre ESG apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.