Tanatose | 5 animais curiosos que podem se fingir de mortos diante de ameaças

Uma das estratégias de sobrevivência mais intrigantes da natureza é a tanatose, ou seja: quando os animais se fingem de mortos diante de uma ameaça. É uma forma de enganar predadores que preferem presas vivas ou que perdem o interesse diante de um corpo aparentemente sem vida.

Diversas espécies adotam essa tática com maestria — e muitas delas podem te surpreender.

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1. Saruê

Saruê é um dos animais que fingem de mortos (Imagem: fr0ggy5/Unsplash)

O saruê (Opossum) é um marsupial que habita principalmente as Américas do Norte e Central. Apesar de parecer inofensivo, quando se sente ameaçado, ele entra em um estado de rigidez corporal, baba e até exala um cheiro forte semelhante ao de um cadáver.


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Esse comportamento não é apenas uma atuação. O saruê realmente entra em uma espécie de transe involuntário, que pode durar de minutos a horas. Essa estratégia confunde predadores como cães e raposas, que perdem o interesse ao pensarem que a presa está morta e em decomposição.

2. Cobra-de-vidro

Cobra-de-vidro também finge a morte (Imagem: Everglades NPS/Wikimedia Commons)

A cobra-de-vidro, ou Ophisaurus, é na verdade um lagarto sem patas que se assemelha a uma serpente. Quando ameaçada por predadores, fica completamente imóvel e até com a boca entreaberta. Essa encenação é eficaz contra predadores que caçam com base no movimento. Em alguns casos, pode até desprender parte da cauda para distrair o atacante, como outro truque de defesa.

3. João-bobo

(Imagem: Carmem Sílvia de Paula Cabral/Wikimedia Commons)

O joão-bobo (Nystalus chacuru), encontrado nas florestas tropicais da América Central e do Sul, é uma ave de aparência peculiar, com plumagem escura e um bico grande. Quando percebe uma ameaça próxima, o joão-bobo pode se fingir de morto, deixando o corpo cair e ficando imóvel no chão da floresta. Esse comportamento é uma maneira de confundir predadores terrestres, especialmente aqueles que não se alimentam de carniça. 

4. Lagarto-de-cauda-azul

Lagarto-de-cauda-azul (Imagem: Bart Everson/Wikimedia Commons)

O lagarto-de-cauda-azul (Plestiodon spp.) vive em ambientes terrestres como florestas e áreas rochosas e é conhecido pela coloração vibrante da cauda, usada para distrair predadores. Quando em perigo, além de soltar a cauda como forma de distração, pode adotar a tanatose, permanecendo imóvel por tempo suficiente para que o predador perca o interesse. 

5. Besouro-vermelho-da-farinha

Besouro-vermelho-da-farinha (Imagem: Eric Day/Wikimedia Commons)

Já o Tribolium castaneum é um pequeno besouro muito comum em ambientes domésticos e depósitos de grãos. Também conhecido como besouro-vermelho-da-farinha, ele mede cerca de 3 a 4 mm e se alimenta de farinhas, cereais e produtos armazenados. Consegue entra em estado de tanatose quando ameaçado, ficando completamente imóvel por vários segundos ou minutos.

É uma estratégia contra predadores como aranhas ou outros insetos.

Vale lembrar que a arte de fingir de mortos pode parecer simples, mas exige precisão e timing para ser eficaz. É uma forma de garantir a vida. Até a imobilidade pode ser uma arma poderosa.

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