Faz ou fazem?

Confira neste artigo o que você precisa saber sobre a utilização das formas verbais “faz” ou “fazem”

Faz ou fazem?
Faz ou fazem?

Olá, pessoal! Tudo bem? Hoje falaremos um pouco sobre a utilização das formas verbais “faz” ou “fazem”.  

Como sabemos, é muito comum confundirmos a utilização das formas verbais “faz” ou “fazem”, principalmente quando estamos diante da pressão que nos é imposta no dia da prova do concurso público, por exemplo. 

Pensando nisso, preparamos este conteúdo para que você saiba como abordar esta questão no dia da sua prova e analisaremos o que você precisa saber sobre a adequada utilização das formas verbais “faz” ou “fazem”. Acompanhe!

Primeiramente, veremos que ao utilizar o verbo “fazer” é preciso estarmos atentos à sua concordância verbal, identificando se estamos diante de sua conjugação como verbo irregular ou como verbo impessoal.

Além disso, veremos que a forma verbal “faz” será utilizada em duas ocasiões: se o sujeito estiver no singular ou se o verbo for impessoal. Por outro lado, a forma verbal “fazem” será utilizada quando o sujeito estiver no plural.

Conforme seguirem os exemplos e as demais definições, tornar-se-á mais fácil identificar quando devemos utilizar as formas verbais “faz” ou “fazem”. 

Em síntese, os verbos irregulares são aqueles que sofrem alteração em seu radical ao serem conjugados e/ou apresentam desinência diferente da apresentada no verbo paradigma. 

Nesse sentido, define-se o radical como a parte principal do verbo, ou seja, a parte responsável pelo seu significado. Assim sendo, nosso objeto de análise tem “faz-” como sendo seu radical.

Por outro lado, define-se a desinência como a parte final do verbo, a qual indica número (que pode ser singular ou plural), pessoa (que pode ser primeira, segunda ou terceira), modo (que pode ser indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo (que pode ser pretérito, presente ou futuro).

Ademais, os verbos impessoais são aqueles que não apresentam sujeito e, assim sendo, recebem sua conjugação na 3ª pessoa do singular no presente do indicativo. Nesse sentido, no caso de nosso objeto de análise, tal dinâmica se traduz na obtenção da forma verbal “faz”.

Em suma, classifica-se a conjugação dos verbos da seguinte maneira:

  • Paradigma da primeira conjugação: verbos terminados em “-ar”
  • Paradigma da segunda conjugação: verbos terminados em “-er”; e
  • Paradigma da terceira conjugação: verbos terminados em “-ir”.

Ou seja, a conjugação de nosso objeto de análise está contida no paradigma da segunda conjugação. Porém, ao conjugá-lo no modo pretérito perfeito do indicativo, por exemplo, obteremos as seguintes formas:

  • Eu fiz
  • Tu fizeste 
  • Ele, ela fez
  • Nós fizemos
  • Vós fizestes 
  • Eles, elas fizeram 

Desse modo, observa-se a alteração de seu radical “faz-” e, além disso, a desinência também é diferente da que se apresenta quando conjugamos o verbo paradigma da segunda conjugação.

Para entendermos melhor, o verbo do tipo regular “vencer” (também contido no paradigma da segunda conjugação), por exemplo, apresenta a seguinte conjugação quando realizada no modo pretérito perfeito do indicativo: 

  • Eu venc
  • Tu venceste
  • Ele, ela venceu
  • Nós vencemos 
  • Vós vencestes 
  • Eles, elas venceram

Conforme podemos ver, seu radical permanece intacto. Desse modo, se imaginarmos um mundo onde o verbo “fazer” seja do tipo regular, ao realizarmos a sua conjugação no modo pretérito perfeito do indicativo, teremos as seguintes formas: 

  • Eu faz
  • Tu fazeste
  • Ele, ela fazeu
  • Nós fazemos 
  • Vós fazestes 
  • Eles, elas fazeram

Percebe como não é possível mantermos o radical “faz-” em nosso objeto de análise sem que surjam formas verbais um tanto quanto absurdas para a nossa norma culta? Por esta razão, o verbo “fazer” é classificado como irregular.

Em suma, se estivermos diante da forma verbal “faz” em um contexto que apresente sujeito, a melhor maneira de identificarmos se é um caso de conjugação como verbo irregular é substituindo o sujeito pela 1ª ou pela 2ª pessoa do singular ou do plural. Vejamos:

  • Ele faz apresentações incríveis!
  • Você faz isso com maestria!
  • Faz de tudo, é muito eficiente.

Nos exemplos acima, podemos observar que os sujeitos do verbo “faz” são, respectivamente, “ele”, “você” e sujeito oculto, todos correspondentes à 3ª pessoa do singular.

Assim sendo, poderíamos substituí-los,  por exemplo, pela 1ª pessoa do plural, obtendo-se as seguintes formas:

  • Eu faço apresentações incríveis!
  • Eu faço isso com maestria! 
  • Faço de tudo, sou muito eficiente. 

Por outro lado, quando o verbo “fazer” indica fenômeno da natureza ou possui sentido de tempo decorrido, não é possível a identificação do sujeito. Deste modo, estamos diante da ocorrência do verbo impessoal. 

Em suma, trata-se de contextos em que não há pronome e não podemos substituí-los pelas demais pessoas do discurso. Vejamos:

  • Faz tanto tempo que não vou ao cinema!
  • Já faz 135 anos que ocorreu a Proclamação da República…
  • Faz -71 ºC no inverno de Oymyakon, na Sibéria.
  • Faz muito calor no  Rio de Janeiro.

Nos exemplos acima, podemos observar que não há sujeito. Desse modo, como explicamos anteriormente, o verbo deve permanecer conjugado na 3ª pessoa do singular, resultando na forma verbal “faz”, independentemente de seu complemento. 

Ou seja, não é possível a substituição por uma conjugação com o sujeito “eu”, por exemplo,  que resultaria na forma “eu faço”, ou com o sujeito “eles”, que resultaria na forma “eles fazem”.

Desse modo, quando o verbo “fazer” for impessoal, mesmo em locuções verbais, o verbo que o acompanhar também deverá permanecer no singular: Vejamos:

  • deve fazer tanto tempo que não vou ao cinema…
  • Vai fazer -71 ºC no inverno de Oymyakon, na Sibéria.

Por fim, vejamos como se dá a correta utilização da forma verbal “fazem”.

Em síntese, quando se identificar a ocorrência de verbo irregular e sempre que se identificar um sujeito para o verbo “fazer”, utilizar-se-á a forma verbal “fazem”, com sua conjugação na 3ª pessoa do plural. Vejamos:

  • Eles fazem apresentações incríveis!
  • Vocês fazem isso com maestria! 
  • Fazem de tudo, são muito eficientes. 

Conforme podemos observar nos exemplos acima, cada frase apresenta um sujeito que executa uma ação. Além disso, apesar de o último exemplo se tratar de um sujeito oculto, ainda é possível identificar que estamos diante de sujeito no plural, assim como nos demais exemplos. Desse modo, devemos utilizar a forma verbal “fazem”.

Então, é isso, pessoal! Chegamos ao fim da nossa análise sobre a adequada utilização das formas verbais “faz” ou “fazem”. Esperamos que tenham gostado. 

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Bons estudos a todos e até a próxima!

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