‘Querem enfiar goela abaixo’: Prefeito de Blumenau critica STF sobre uso de linguagem neutra

Prefeito de Blumenau critica decisão do STF que invalida a norma que proibe linguagem neutra nas escolas – Foto: Prefeito Egidio Ferrari/@delegadoegidioferrari/Instagram

O prefeito de Blumenau, Egidio Ferrari (PL), publicou um vídeo nas redes sociais, no domingo (18), criticando a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que invalidou a norma que proibia o uso de linguagem neutra nas escolas e órgãos públicos de Santa Catarina. 

Em 6 de maio, o tribunal julgou inconstitucional o decreto 1.329, publicado em junho de 2021. A regra foi assinada pelo então governador Carlos Moisés (PSL) e proposta pela deputada estadual Ana Campagnolo (PL).

A decisão do STF atende a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade movida em julho de 2021 pelo PT (Partido dos Trabalhadores).

Prefeito de Blumenau criticou STF por derrubar norma que proibia uso de linguagem neutra nas escolas e órgãos públicos de SC – Foto: SCO/STF/ND

O que dizia o decreto barrado pelo STF

“Fica vedada a todas as instituições de ensino no Estado de Santa Catarina, independentemente do nível de atuação e da natureza pública ou privada, bem como aos órgãos ligados à Administração Pública Estadual, a utilização, em documentos oficiais, de novas formas de flexão de gênero e de número das palavras da língua portuguesa, em contrariedade às regras gramaticais consolidadas e nacionalmente ensinadas”

Prefeito de Blumenau critica STF sobre linguagem neutra em SC

“Querem enfiar goela abaixo uma ideologia que confunde as crianças,  desrespeita a língua portuguesa e atacar os valores da nossa sociedade. Na minha cidade, enquanto eu for prefeito, a prioridade vai ser ensino de verdade,  português correto, matemática e respeito à família”, disse o prefeito de Blumenau.

 

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O que é linguagem neutra?

Em novembro de 2023, faixa que divulgava o Transforma – Festival de Cinema da Diversidade de Santa Catarina gerou embate com a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) sobre do uso de linguagem neutra – Foto: Marcelo Siqueira/Divulgação/ND

Também chamada de linguagem neutra ou inclusiva, ela abrange uma série de formas para designar o gênero das pessoas sem identificá-las no feminino ou masculino.

São termos como elx, todes, meninx e elu, por exemplo. Nestes casos, as partículas nominais ou verbais localizadas no final das palavras e que marcam o gênero, como “o” e “a”, são substituídas por terminações como “e”, “@”, “x” e “u”.