Gestora anuncia R$ 7 bi para financiar o agronegócio em 2025

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A suspensão dos subsídios nas linhas de crédito para o setor agropecuário, anunciada pelo governo federal no final do dia 20 de abril, pegou o mercado rural de surpresa. A medida, já em vigor sem prazo para revisão, obriga os agricultores que dependiam dos créditos subsidiados a recorrer ao mercado privado, onde as taxas de juros são mais altas. Esta mudança drástica no modelo de financiamento foi um dos principais pontos de surpresa do Plano Safra, que em 2024 destinou R$ 400 bilhões, um aumento de 10% em relação ao ano anterior.

Historicamente, o governo federal, por meio do Tesouro Nacional, cobria parte dos juros para tornar o crédito mais acessível. No entanto, o aumento da taxa de juros do mercado encareceu o custo desses subsídios, levando à decisão de suspender o benefício. Volnei Eyng, CEO da Multiplike, vê a medida como uma oportunidade para modernizar o crédito rural. “Isso impulsiona a economia para um modelo de livre mercado, onde a indústria financeira precisa se modernizar, sofisticar e oferecer melhores condições para atender à demanda do agronegócio ao longo do tempo”, afirma Eyng.

Impacto fiscal positivo e adaptação do setor

O executivo ressalta ainda o impacto positivo dessa decisão para o equilíbrio fiscal do país. A medida reduz os custos para o governo, contribuindo para um ajuste fiscal mais eficiente. Ao mesmo tempo, ela abre espaço para que o agronegócio se adapte à nova realidade de mercado, o que inclui a redução de subsídios. “Os pequenos produtores de subsistência continuam sendo atendidos pelo Pronaf, mas os médios e grandes produtores precisam se ajustar. Afinal, não são apenas agricultores, são empresários rurais, e como em outras áreas da economia, os empresários não contam com subsídios governamentais”, explica.

Volnei também destaca que, a longo prazo, a redução dos subsídios pode fortalecer a competitividade do agronegócio brasileiro, citando o exemplo da agricultura europeia, que, apesar de receber altos incentivos, não consegue competir internacionalmente.

FIDCs: Uma alternativa estratégica para o crédito rural

Com a saída do governo do financiamento rural, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) estão se consolidando como uma alternativa sólida para o financiamento do agronegócio. Os FIDCs multicedente e multissacado já financiam diversos segmentos do setor, como a indústria de fertilizantes e distribuidoras, permitindo aos produtores prazos mais longos para a compra de insumos. Segundo Eyng, “com o crescimento do mercado de FIDCs no Brasil, impulsionado pela Resolução CVM e pela modernização do setor, há cada vez mais funding disponível para irrigar essa cadeia de crédito do agronegócio”.

A Multiplike, por exemplo, anunciou a disponibilização de R$ 7 bilhões para o agronegócio ao longo de 2025, demonstrando o potencial de crescimento desse mercado no país. Com as mudanças no cenário de crédito, as alternativas oferecidas pelos FIDCs estão se tornando cada vez mais atraentes para os produtores brasileiros, garantindo a continuidade da expansão do setor.

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