Grandes bancos americanos estão se unindo para criar uma criptomoeda, diz WSJ

JPMorgan

Bancos como JPMorgan, Bank of America, Citigroup e Wells Fargo estariam em conversas para criar um consórcio e lançar uma stablecoin, ou seja, uma criptomoeda atrelada ao dólar americano. As informações foram apresentadas pelo The Wall Street Journal nesta quinta-feira (22).

Atualmente este setor é dominado pela Tether, emissora da USDT, e pela Circle, emissora da USDC. A capitalização de mercado das stablecoins chega a US$ 250 bilhões (R$ 1,4 trilhão).

Conforme grande parte do lastro dessas moedas está investido em outros ativos, hoje principalmente em títulos do Tesouro americano, o negócio se tornou altamente lucrativo para essas empresas.

No ano de 2024, a Tether registrou um lucro líquido de US$ 13 bilhões, por exemplo.

Bancos podem criar aliança para lançar nova stablecoin no mercado

Brian Moynihan, CEO do Bank of America, já havia apontado que seu banco estava interessado em entrar nesse setor. Suas falas aconteceram em fevereiro, logo após Donald Trump assumir a presidência dos EUA.

Além de questões regulatórias, mais claras neste novo governo, outro ponto é que Trump proíbiu a criação de um dólar digital no país, ao contrário do que acontece com o Drex no Brasil.

Portanto, a digitalização da moeda americana está dependente de iniciativas privadas.

No entanto, é difícil saber se o BofA sozinho conseguiria enfrentar as gigantes Tether e Circle. Isso porque outros nomes famosos já tentaram, mas não tiveram tanto sucesso.

Dentre os destaques está o PayPal, que lançou o PYUSD (US$ 890 milhões em valor de mercado), e mais recentemente a World Liberty Financial, projeto ligado ao próprio Trump, que lançou a USD1 (US$ 2,1 bilhões em valor de mercado).

Agora unidos, grandes bancos poderiam ter uma maior chance de sucesso. Segundo o WSJ, as conversas incluem os maiores bancos americanos, incluindo JPMorgan Chase, BofA, Citigroup, Wells Fargo e outros.

Mais importante do que ser adotada pela indústria cripto, isso significaria que essa moeda poderia ser usada por americanos no dia a dia.

Afinal, enquanto o Brasil possui o Pix, o sistema bancário dos EUA está defasado, dependente de soluções ultrapassadas.

Em última análise, uma stablecoin de grandes bancos poderia não apenas modernizar esse sistema, mas também acelerar a economia americana e expandir o uso do dólar em outros países, fortalecendo a moeda.

Por fim, isso também poderia trazer novos investidores para o mundo das criptomoedas conforme elas se sentiriam mais confortáveis com essa tecnologia. Portanto, essa aliança pode influenciar até mesmo o preço do Bitcoin no futuro.

Fonte: Grandes bancos americanos estão se unindo para criar uma criptomoeda, diz WSJ

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