Motociclista de aplicativo afirma que passageira não foi atropelada e que ambos foram arremessados para outro carro


Larissa Barros Máximo Torres, de 22 anos, foi socorrida e encaminhada para a Santa Casa, segundo o Boletim de Ocorrência, mas não resistiu aos ferimentos. Passageira de transporte de moto por aplicativo morre em São Paulo
O motociclista de aplicativo Henderson de Souza Maior, envolvido no acidente que matou uma passageira no último sábado (24), afirmou com exclusividade à TV Globo que ela não foi atropelada, mas sim que ambos foram arremessados contra outro carro na Avenida Tiradentes, na Zona Norte de São Paulo.
Larissa Barros Máximo Torres, de 22 anos, foi socorrida e encaminhada para a Santa Casa, segundo o Boletim de Ocorrência, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo o motociclista, um carro abriu a porta enquanto eles passavam pela faixa azul (via exclusiva para motos). A batida teria arremessado os dois contra outro veículo.
Segundo o motociclista, um carro abriu a porta enquanto eles passavam pela faixa azul (via exclusiva para motos). A batida teria arremessado os dois contra outro veículo
Reprodução/PM
“O que realmente aconteceu foi que o carro abriu a porta jogando a gente no outro carro que estava no trânsito. Não teve atropelamento, tudo foi culpa da ação de uma pessoa louca… abrir uma porta no meio da avenida. Eles estavam bêbados”, afirmou o motociclista.
Segundo Maior, ele não fugiu do local do acidente, conforme constou na primeira versão apresentada no Boletim de Ocorrência, mas foi socorrido e levado para um hospital em Santana. Uma segunda versão do B.O., retificada pela Polícia Militar, confirma o depoimento.
“Em nenhum momento corri. Fui socorrido para o pronto-socorro de Santana, e a passageira, para outro hospital. Não fui à delegacia quando o hospital me liberou porque não sabia que tinha que ir até a delegacia. Um policial me ligou às 4h da manhã, mas falei que não tinha condições de me locomover, mas que estava à disposição para prestar esclarecimentos”, contou.
Ainda segundo o motociclista, Larissa estaria viva no momento em que foi socorrida e dizia que “estava com vontade de vomitar”.
“Quem estava no carro quase matou duas pessoas. Tenho que agradecer a Deus por estar vivo”, disse o motociclista.
Segundo a Polícia Civil, o carro estava parado no semáforo com o motorista e dois passageiros. Um deles estava bêbado, segundo a polícia, e abriu a porta do veículo de repente.
Os passageiros do carro são um advogado de 28 anos, Felipe Moutinho Hilsenrath Garcia, e um economista de 27.
Ao g1, o pai de Felipe, Donek Hilsenrath Garcia, afirmou que não foi o filho que abriu a porta, mas sim seu amigo que estava no veículo com ele. Felipe deve prestar um novo depoimento na próxima quarta-feira (28).
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirmou que os ocupantes do automóvel foram conduzidos ao 2º Distrito Policial (Bom Retiro), onde prestaram depoimento e deram suas versões sobre os fatos.
“O condutor da motocicleta foi identificado e será ouvido oportunamente. As diligências seguem em andamento para localizar imagens de câmeras de segurança e identificar outras possíveis testemunhas, com o objetivo de esclarecer todas as circunstâncias do ocorrido”, diz o texto.
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