Monopólio do Google? Justiça dos EUA pede venda do Chrome e mudanças no Android

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) intensifica a pressão sobre o Google, exigindo que a gigante da tecnologia se desfaça do navegador Chrome e implemente mudanças significativas no Android. As medidas visam reduzir práticas consideradas monopolistas no mercado de buscas, que foram confirmadas em uma decisão do juiz Amit Mehta.

DOJ mira no monopólio do Google: o que está em jogo?

O Google poderá enfrentar restrições que mudam o jogo no mercado tecnológico global. Entre as exigências estão:

  1. Venda do navegador Chrome: O DOJ argumenta que a separação do navegador do restante dos serviços do Google reduziria a vantagem competitiva desleal.
  2. Alterações no Android: A proposta exige que o sistema operacional deixe de favorecer serviços próprios do Google, nivelando a concorrência.
  3. Transparência nos anúncios de busca: As autoridades querem mais clareza nos critérios de precificação de anúncios que aparecem no topo dos resultados.

Dados de busca no centro da disputa

Outro ponto de destaque é o pedido para que o Google compartilhe dados relacionados às buscas realizadas por usuários. O objetivo seria permitir que concorrentes utilizem essas informações para melhorar suas ferramentas, equilibrando a competição.

“Google é melhor porque é mais usado”, diz CEO da Microsoft

Durante as audiências, Satya Nadella, CEO da Microsoft, reforçou a ideia de que o domínio do Google é alimentado por seu próprio sucesso. Ele explicou que o grande volume de buscas processadas pelo Google proporciona vantagens significativas no aprimoramento do mecanismo de pesquisa, enquanto concorrentes permanecem em desvantagem.

O DOJ considera que essa dinâmica cria uma competição desigual, baseada em vantagens adquiridas ilegalmente. Segundo o órgão, “os remédios devem corrigir esta disparidade e eliminar os benefícios obtidos de forma anticompetitiva”.

O que diz o Google sobre as acusações?

Em resposta, Kent Walker, chefe jurídico do Google, criticou duramente as propostas do DOJ, classificando-as como parte de “uma agenda intervencionista radical”. Ele destacou que tais ações poderiam comprometer a privacidade dos usuários e prejudicar a liderança tecnológica dos Estados Unidos no cenário global.

A decisão sobre quais medidas serão implementadas ainda está distante. As audiências que definirão os desdobramentos estão previstas para agosto de 2025. Enquanto isso, o mercado acompanha de perto o desenrolar de um caso que pode redefinir o cenário competitivo da tecnologia.


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