Confira as piores cidades brasileiras para se viver em 2024

Os dados sobre a qualidade de vida nas cidades brasileiras destacam grandes disparidades entre as regiões do país. Um estudo recente, utilizando o Índice de Progresso Social Brasil (IPS), avaliou diversos aspectos além do contexto econômico para identificar as áreas onde a população enfrenta mais desafios.

Sob o foco do IPS, foi possível elaborar um ranking das cidades com pior qualidade de vida, com destaque para aquelas localizadas na Região Norte do Brasil. A metodologia inclui uma vasta gama de indicadores, enfatizando que a economia não é o único fator determinante para o bem-estar da população.

Quais são as Cidades com Pior Qualidade de Vida no Brasil?

Com base na análise do IPS, as dez cidades com os piores resultados de qualidade de vida estão todas situadas na Região Norte. Uiramutã, em Roraima, é a cidade que obteve a pior colocação, possivelmente influenciada pela grande proporção de população indígena não completamente captada pelos indicadores atuais.

• Uiramutã (RR)
• Alto Alegre (RR)
• Trairão (PA)
• Bannach (PA)
• Jacareacanga (PA)
• Cumaru do Norte (PA)
• Pacajá (PA)
• Uruará (PA)
• Portel (PA)
• Bonfim (RR)

Como o Índice de Progresso Social Define a Qualidade de Vida?

O IPS aplica uma metodologia ampla e internacionalmente reconhecida para avaliar a qualidade de vida em diferentes regiões. Esta abordagem contempla três categorias principais: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-Estar e Oportunidades. Cada uma dessas dimensões é subdividida em componentes que refletem fatores essenciais para a prosperidade das populações locais.

Através da coleta e análise de dados de mais de 300 indicadores, o estudo destilou essa informação para apenas 53 indicadores mais relevantes, utilizando fontes respeitadas como o Conselho de Justiça, MapBiomas, Anatel, DataSUS e CadÚnico. Por exemplo, o MapBiomas contribuiu com dados inovadores sobre a presença de espaços verdes e praças.

Por que a Região Norte é Destacada Negativamente?

A predominância das cidades da Região Norte nas posições inferiores do ranking não é um reflexo apenas de condições econômicas adversas, mas também da falta de infraestrutura e serviços básicos. A metodologia considera fatores como segurança, alimentação, acesso à educação e comunicação, além da equidade social e tratamento justo.

Desafios geográficos, dificuldades em acesso a recursos naturais e serviços, e a presença de comunidades tradicionais que o IPS ainda não consegue mensurar completamente, são elementos que contribuem para este cenário desfavorável.

Impactos e Caminhos para o Futuro

Tratar das desigualdades evidenciadas por índices como o IPS é crucial para formular políticas públicas eficazes que promovam melhorias reais na qualidade de vida das populações mais vulneráveis. Focar em desenvolver infraestrutura, aumentar o acesso a serviços essenciais e integrar as comunidades indígenas de forma mais completa nos estudos são passos importantes a serem considerados pelas gestões locais e governamentais.

A contínua avaliação e atualização de tais indicadores são indispensáveis para monitorar o progresso e ajustar as estratégias conforme necessário, garantindo que ninguém seja deixado para trás na busca por um progresso social mais igualitário.

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