As cobras píton birmanesas tem a capacidade de esticar suas mandíbulas em um diâmetro quase quatro vezes maior do que se pensava. A descoberta se deu por meio de um estudo publicado na terça-feira (28) na revista Reptiles & Amphibians.
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Até então, acreditava-se que o diâmetro da abertura das bocas das pitons birmanesas era de 22 centímetros. Mas, após os cientistas terem capturado outros espécimes do animal, chegaram à conclusão de que a abertura é de 81 centímetros.
O estudo da Universidade de Cinccinati demonstrou que, na localidade analisada no sul da Florida, essa espécie de cobra dizimou populações de raposas, linces, guaxinins e outros animais. Os pesquisadores observaram uma cobra consumindo um veado de 34 kg. Veja no vídeo abaixo (a partir dos 17 segundos):
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A pesquisa faz parte de uma iniciativa de conservação para remover de maneira responsável essa espécie invasora (entenda mais abaixo).
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Pele superelástica e maxilar amplo

Pesando 90 kg e medindo até seis metros, essa espécie possui a habilidade de comer animais tão grandes graças à combinação de maxilar amplo e pele elástica.
A parte inferior do maxilar não é fundida na frente, proporcionando a enorme abertura. Já a pele é macia e superelástica, permitindo que as pítons consumam presas seis vezes maiores do que as de outras espécies de cobras de tamanho similar.
Predadora invasora
As pítons birmanesas são nativas da Ásia e se estabeleceram nas áreas selvagens da Flórida de duas maneiras: ou são animais que fugiram de seus donos ou foram abandonadas por eles de maneira intencional.
O estudo foi realizado para determinar o impacto que esse predador tem no ambiente, já que elas conseguem até mesmo comer jacarés inteiros.
O grupo, então, rastreou os movimentos de 120 pítons adultas para fazer um banco de dados com informações sobre o comportamento e uso de habitat pelos animais.
No estudo, eles concluem que “conhecer os limites do tamanho das presas pode ajudar os pesquisadores a prever o impacto ecológico que as cobras invasoras terão ao se deslocarem para novas áreas”.
Desde que as atividades de conservação de espécie foram iniciadas, em 2013, 770 pítons já foram removidas do local.
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