Vale (VALE3) pode surpreender mercado, avalia Goldman Sachs

A mineradora Vale (VALE3) pode estar em um ponto de virada no mercado, segundo análise do Goldman Sachs divulgada após o Investor Day em Nova York. O banco reforçou a recomendação de compra para as ações da companhia, destacando uma postura mais conservadora que abre espaço para surpresas positivas, impulsionadas por ganhos de eficiência operacional e entregas de projetos acima do esperado.

De acordo com os analistas Marcio Farid e equipe, as projeções da mineradora indicam melhorias significativas nos custos e na produção de minério de ferro a partir de 2025, com um cenário ainda mais promissor para 2026.

“O potencial da Vale para surpreender o mercado está em suas recentes iniciativas de eficiência e flexibilidade operacional, que não eram vistas há anos”, afirmaram os especialistas.

Projeções para minério de ferro e metais básicos

Durante o evento, Rogério Nogueira, diretor comercial da Vale, enfatizou a diversificação do portfólio premium da companhia, que inclui uma cadeia de suprimentos robusta. No entanto, o Goldman Sachs apontou um ajuste nas expectativas de longo prazo para os metais básicos, especialmente para o cobre, devido à incerteza sobre o projeto Hu’u, na Indonésia.

Ainda assim, o banco acredita que a empresa está em um caminho de recuperação em termos de competitividade, mesmo com a preferência do mercado atual pelo cobre.

Santander avalia as projeções da Vale como alinhadas ao mercado

O Santander, por sua vez, vê as novas projeções da Vale para 2025, entre 325 milhões e 335 milhões de toneladas de minério de ferro, como neutras e alinhadas às expectativas do mercado. Em comparação, a produção esperada para 2024 é de aproximadamente 328 milhões de toneladas.

Os analistas Yuri Pereira e Giovana Langanke destacaram a priorização de produtos de maior qualidade e os esforços para integrar práticas de economia circular, contribuindo para uma redução de custos operacionais.

Segundo o banco, a Vale enxerga um equilíbrio no mercado de minério de ferro, com preços de longo prazo acima de US$ 90 por tonelada. Além disso, os projetos relacionados ao cobre são considerados estratégicos para o crescimento da mineradora, alinhados às tendências da transição energética global.

Transformação cultural e desafios da competitividade

Além dos avanços operacionais, o Santander ressaltou a transformação cultural da Vale como um passo essencial para tornar a empresa mais orientada à performance e confiável perante o mercado. “Combinando eficiência, sustentabilidade e uma estratégia bem definida, a Vale pode se consolidar como líder em qualidade e inovação no setor de mineração”, concluíram os analistas.


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