Greve de auditores da Receita Federal pode atrasar importações

Devido à falta de negociação pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI), os Auditores-Fiscais da Receita Federal estão intensificando suas ações de greve. Ontem e hoje, 29 e 30 de outubro, a categoria realizará uma paralisação de 48 horas consecutivas, o que deverá atrasar as importações.

Nas aduanas, ocorrerão Operações-Padrão, onde os Auditores farão uma análise mais criteriosa das mercadorias, priorizando o controle e aumentando o volume de itens inspecionados. Conforme previsto em lei, cargas como animais vivos, medicamentos e alimentos serão tratadas como prioritárias.

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Acordo e Promessas do MGI

O MGI assinou um acordo com o Sindifisco Nacional e outros sindicatos com vigência a partir de 1º de maio deste ano, comprometendo-se a instalar uma mesa específica e temporária de negociação para tratar do reajuste do vencimento básico.

Os auditores acumulam perdas inflacionárias desde 2016 e o acordo previa que a mesa seria instalada até julho, porém, até agora, o Ministério não deu nenhuma previsão de quando isso ocorrerá.

Contando com um dos maiores salários no poder executivo, os auditores fiscais recebem R$ 22.921,71 de salário básico. Alguns funcionários no fim de carreira ganham até R$ 34.760,95. No acordo assinado em maio, foi prevista a concessão de um bônus criado em 2016, de modo que os funcionários recebem 11,33% de acréscimo e, a partir de fevereiro de 2025, essa porcentagem sobe para 15,52%, podendo chegar a 26% em fevereiro de 2026.

Dão Real, diretor de assuntos intersindicais e internacionais do Sindifisco Nacional, afirma que “as outras carreiras que assinaram o acordo já estão com suas negociações concluídas, apenas os Auditores-Fiscais ficaram de fora.

Entendemos que esse não é um comportamento isonômico dentro do serviço público. Por isso, optamos por um acirramento gradual da mobilização e esperamos que o MGI faça valer o seu compromisso.”

Fonte: Monitor Mercantil.

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