Inteligência Artificial cada vez mais substitui humanos em recrutamentos

A Harvard Business Review estima que até 86% de todos os empregadores estão limitando ou eliminando a participação humana nas etapas iniciais do processo de entrevista e substituindo o entrevistador por inteligência artificial. Com 117 candidaturas de emprego enviadas no LinkedIn a cada segundo, não é surpreendente.

O número equivale a mais de dez milhões de candidaturas por dia. E, considerando outros motores de busca de emprego como Indeed, Glassdoor e ZipRecruiter, todos os quais tornam a candidatura para um emprego tão simples quanto alguns cliques no teclado, é fácil perceber como os recrutadores são inundados com currículos.

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AVI

O conceito por trás da entrevista em vídeo automatizada, ou AVI na sigla em inglês, é bastante simples: os candidatos escolhidos são convidados a interagir com uma plataforma de contratação para gravar e enviar respostas em vídeo para perguntas escritas que aparecem nas telas dos candidatos.

Na sequência, algoritmos de IA analisam as respostas em vídeo, procurando por coisas como expressões faciais, uso de palavras-chave e tom de voz. Uma transcrição das respostas junto com um relatório resumindo o desempenho do candidato são então fornecidos ao recrutador, que decide se o candidato avança para a próxima fase do processo de entrevista.

Vantagens e desvantagens

Há vantagens óbvias nesse tipo de entrevista. Os empregadores ganham velocidade para examinar mais candidatos usando muito menos recursos humanos. E, em teoria, as AVIs removem o viés implícito, tornando o processo de entrevista mais objetivo.

Para os candidatos, há flexibilidade de escolha de quando realizar a entrevista e a conveniência de poder fazê-lo em um local confortável de sua escolha.

O processo também tem oposição e as plataformas de recrutamento de IA foram criticadas por construir vieses em seus algoritmos. Alguns candidatos a emprego também acham as AVIs confusas porque o formato é novo e a restrição de tempo é estressante. Além disso, há falta de transparência sobre como eles serão avaliados.

Fonte: Harvard Business Review.

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