Demanda por etanol vai crescer com aumento da mistura na gasolina, projeta associação do Mato Grosso

A elevação de etanol anidro na mistura da gasolina vendida ao consumidor final, de 27% para 30%, deve representar uma demanda adicional de 2,06 milhões de metros cúbicos (m³), um crescimento de 16,2% em relação ao volume projetado para 2024/2025, caso seja implementada no início da safra 2025/2026.

A projeção é da Biond MT, que representa 12 indústrias de bioenergia de Mato Grosso, atuando na produção de açúcar, etanol, biogás, biometano e energia de biomassa

“A ampliação da mistura obrigatória é um passo estratégico para consolidar o etanol como protagonista na matriz energética do país. Esse aumento fortalece toda a cadeia produtiva, beneficiando produtores, distribuidores e, principalmente, o meio ambiente, ao incentivar o uso de um combustível renovável e de menor impacto ambiental”, destaca Giuseppe Lobo, diretor executivo da Biond MT.

A adoção do E30 depende da conclusão dos testes de viabilidade técnica, prevista para março, e da avaliação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Caso aprovado, o novo percentual poderá ampliar o papel do etanol de milho, que já representa parte significativa da produção nacional.

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Atualmente, com a mistura obrigatória em 27%, a demanda total por etanol anidro no Brasil é estimada em 12,7 milhões de m³. Com a nova política, esse volume poderá atingir 14,76 milhões de m³ em 2025/26. No Mato Grosso, estado líder na produção de etanol de milho, o impacto será ainda mais expressivo, com estimativa de aumento de 445,95 mil m³ na demanda desse biocombustível.

“A previsibilidade regulatória e o avanço de políticas públicas como o Combustível do Futuro são fundamentais para garantir segurança aos investidores e estimular a competitividade do setor”, reforça Lobo.

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