Não é Vale (VALE3): Quem é a mineradora que pode disparar 50% e entrou para radar de analistas

Distante dos holofotes de outras mineradoras, como a Vale (VALE3) e a CSN (CSNA3), a CBA (CBVA3), que é controlada pela Votorantim e atua na fabricação de alumínio, pode gerar um bom retorno para o acionista. Pelo menos na visão do Safra.

O banco cortou o preço-alvo, de R$ 8,5 para R$ 7,8, é verdade, mas o preço embute potencial de alta de 50%. A recomendação é de compra.

Segundo os analistas, a companhia entregará Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 1,67 bilhão, o que representa alta de 21% no ano, e um rendimento de 14% de fluxo de caixa.

“Esta tese pode levar algum tempo para se materializar devido aos resultados pressionados no segmento de energia, mas encontramos um bom ponto de entrada nas avaliações atuais”.

Além da avaliação, o Safra tem uma visão construtiva da commodity, à medida que os mercados se consolidam em déficit em 2025.

“Os preços estáveis do alumínio podem fomentar o interesse dos investidores nas ações da CBA, já que a volatilidade (preço da commodity e das ações) é um dos principais obstáculos, de acordo com nossas interações com os investidores”.

CBA: Safra não é o único

E o Safra não é o único. Na semana passada, o Itaú BBA atualizou a recomendação para compra, com preço-alvo de R$ 7. Para os analistas, o desempenho fraco das ações abriu um risco-recompensa mais atraente.

“Estamos, portanto, atualizando nossa recomendação para desempenho superior em termos de avaliação, após ajustar nosso modelo para incorporar preços de alumínio ligeiramente mais altos e uma visão menos cautelosa sobre os custos”.

A corretora também aumentou a previsão de Ebtida consolidado para 2025 em 11%, para R$ 1,6 bilhão, principalmente devido a uma visão menos cautelosa sobre o desempenho de custos da empresa e preços mais altos do alumínio, que mais do que compensaram um real mais forte.

Já o UBS BB iniciou uma série de coberturas no setor de metais e mineração com CSNCSN Mineração (CMIN3), Gerdau (GGBR3), Vale, Usiminas (USIM5) e CBA (CBVA3). No entanto, a única ação que recebeu a recomendação de “compra” foi a CBAV3.

Na visão dos analistas que assinam o relatório, a ação está pronta para se beneficiar dos preços mais altos do alumínio e da desvalorização do real, sendo uma das ações mais alavancadas ao dólar na cobertura do UBS.

Além disso, a equipe destaca o compromisso da companhia com uma estratégia de alocação de capital focada em desalavancagem, em vez de aumentar o capex ou buscar crescimento inorgânico.

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