Ação do Cruzeiro do Sul (CSED3) cai quase 10% em reação ao balanço do 4T24; o que fazer agora?

Os resultados da Cruzeiro do Sul (CSED3) encerraram a temporada de balanços do quarto trimestre de 2024 (4T24), mas sem a ‘chave de ouro’ na avaliação do mercado. Nesta terça-feira (1), as ações da companhia operam entre as maiores baixas da B3. 

Por volta de 14h (horário de Brasília), CSED3 caía 8,68%, a R$ 3,47. Nas primeiras horas do pregão, os papéis chegaram a recuar de 9,79%, na mínima do dia. Acompanhe o Tempo Real. 

A Cruzeiro do Sul registrou um lucro líquido ajustado de R$ 17,1 milhões no 4T24, um crescimento de 51% na comparação com o mesmo período do ano anterior. 

Já o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do período somou R$ 162,3 milhões, uma alta 6% sobre o quarto trimestre de 2023. A margem ficou em 24,5%, 1 ponto percentual menor na base anual. 

A receita líquida consolidada atingiu R$ 662,7 milhões entre outubro e dezembro, 10,6% superior ao mesmo período de 2023. 

A dívida líquida da Companhia terminou o 4T24 em R$ 774 milhões, um aumento de 4,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

De acordo com a companhia, a alta deve-se ao pagamento e R$ 60 milhões à título de dividendos e do desembolso de R$ 158 milhões para aquisição da FAPI (Centro Universitário de Pinhais)— em junho de 2024. 

Cruzeiro do Sul em 2024 

Em 2024, o lucro líquido ajustado da Cruzeiro do Sul foi de R$ 186,5 milhões, o que representa um crescimento de 72,5% na base anual. Segundo a companhia, a atualização nas estimativas de inadimplência impactou o resultado em R$ 16,0 milhões. 

O Ebitda ajustado alcançou R$ 766,3 milhões, 12,0% superior ao registrado em 2023. A margem ficou em 29,8%, “impactada, principalmente, pelo aumento dos gastos com tecnologia e pela atualização da carteira de recebíveis recorrente”, diz a companhia. 

Já a receita líquida atingiu o montante de R$ 2,6 bilhões, um crescimento de 11,8% na comparação com o ano anterior. 

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O que desagradou os analistas

Na avaliação do BTG Pactual, os resultados da Cruzeiro do Sul foram mistos. 

Pelo lado positivo, a companhia apresentou um crescimento “razoável” de receita líquida e Ebitda ajustado, além de uma sólida geração de fluxo de caixa livre — “levando a uma leve redução da dívida líquida, apesar da sazonalidade desfavorável e acima das nossas estimativas”, diz o relatório. 

Já pelo lado negativo, os resultados foram impactados por itens não recorrentes, o Ebitda e o lucro líquido ficaram abaixo das expectativas do banco.

Para a XP Investimento, os resultados também vieram neutros. Os analistas consideram que a alavancagem ainda é um obstáculo para a dinâmica de lucro.

É hora de comprar CSED3? 

Apesar dos resultados mistos, o BTG Pactual mantém a recomendação de compra para as ações da Cruzeiro do Sul. O banco tem preço-alvo de R$ 6,50 — o que representa um potencial de valorização de 71% sobre o preço de fechamento da véspera (30). 

A visão positiva é sustentada pela combinação de geração razoável de fluxo de caixa livre; alta distribuição de dividendos — com um rendimento (yield) de 10% anualizado, considerando os R$137 milhões a serem pagos referentes a 2024. 

Além disso, os analistas consideram que o balanço está menos alavancado e as ações ‘atrativas’. 

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