Rodovia há 30 dias alagada tem tráfego de veículos comprometido no Norte do país


Três pontos da BR-425 foram afetados. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que o nível da água continua subindo e o desvio criado não suporta o fluxo de veículos pesados. Rodovia há 30 dias alagada tem tráfego de veículos comprometido no Norte do país
Reprodução/Globo
Desde 19 de março, a BR-425 está alagada e o tráfego de veículos está comprometido entre as cidades de Guajará-Mirim, Nova Mamoré e Porto Velho.
Nesta semana, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que o nível da água continua subindo e o desvio criado não suporta o fluxo de veículos pesados, que foram proibidos para evitar a interdição total da rodovia. O DNIT realiza obras de contenção e recuperação na área afetada.
Com a entrega das obras atrasada, o Jornal Nacional flagrou um grupo de caminhoneiros do sul do país tentando passar pelo primeiro trecho alagado para chegar em Guajará-Mirim (RO), na fronteira do Brasil com a Bolívia.
“Estou tirando as pedras porque se o caminhão carregado passar estoura todos os pneus e aí o prejuízo é grande. Cada pneu é R$ 3 mil reais então a gente tem que passar vazio tirando as pedras para o caminhão carregado passar”, relatou Rubens Teodoro, caminhoneiro que passava pelo local.
A estrada submersa esconde os perigos da rodovia. Em outro trecho, um caminhão dos Correios ficou preso em um buraco.
“A alagação está baixando as águas, mas o tanto de buraco que tem é quase impossível, né, é quebrar a máquina da gente”, afirmou outro caminhoneiro, Fabrício Maia.
O quilômetro 51 da rodovia 425 é um dos três pontos que a cheia do Rio Madeira alagou. Cerca de 2 quilômetros de estrada ficaram totalmente submersos, mas aos poucos a água do rio vai recuando e a estrada volta a ficar visível e praticamente destruída pelos buracos.
Com a BR-425 há 30 dias nessas condições, uma empresa do ramo atacadista afirmou estar com as vendas e o abastecimento do estoque prejudicados.
“Se demora a receber também demora a entregar. A venda acaba sendo freada por conta do recebimento de mercadoria, né”, explicou o gerente, Erick Alan.
As cidades de Nova Mamoré e Guajará-Mirim, que dependem da BR-425, também acumulam perdas.
“Inclusive os empresários dos postos também falaram que estavam sem combustível porque o caminhão estava ali parado”, disse o prefeito de Guajará-Mirim, Fábio Netinho.
“Foi feito um mutirão, a prefeitura tá ajudando no escoamento da produção desse pessoal do agro, mas infelizmente ainda tiveram muita perda”, completou José Cícero, secretário adjunto de estradas de Nova Mamoré.
Agora, com o recuo da água, homens e máquinas do DNIT já estão trabalhando na recuperação da rodovia.
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