Em Santarém, profissionais do ‘Melhor em Casa’ passam por capacitação sobre transição de cuidados


Treinamento reforçou a importância da preparação das equipes para garantir atendimento seguro e contínuo aos pacientes em domicílio. Capacitação abordou todos os aspectos do processo de desospitalização
Leandro Dias / Ascom Semsa
Nesta quarta-feira (23), profissionais do Programa Melhor em Casa (PMeC), do Ministério da Saúde (MS), gerenciado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Santarém, oeste do Pará, passaram por um aperfeiçoamento importante. O treinamento teve como foco os protocolos de transição de cuidados de pacientes que deixam o ambiente hospitalar para serem acompanhados em casa, garantindo segurança, continuidade e qualidade na assistência.
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A capacitação abordou todos os aspectos do processo de desospitalização, desde a avaliação clínica detalhada antes da alta, até as exigências estruturais e de capacitação no domicílio do paciente, com o objetivo de evitar reinternações desnecessárias.
Para a enfermeira que coordena o PMeC em Santarém, Leidiane Gonçalves, o treinamento é essencial para assegurar a excelência do serviço prestado pelas equipes.
“O cuidado começa ainda no hospital, com uma avaliação minuciosa do quadro clínico do paciente. Após isso, garantir que o domicílio esteja adaptado, com equipamentos adequados — quando necessários — e que o cuidador esteja preparado, é o que vai permitir uma recuperação segura ou a estabilidade do quadro de saúde. Essa preparação é o que garante que o paciente não precise voltar a ser internado”, destacou.
A médica Kamila Vieira, também, integrante do programa, reforçou a importância da equipe técnica dominar os protocolos de transição antes mesmo da alta hospitalar.
“Todo o planejamento precisa ser feito com antecedência: desde o transporte do paciente, especialmente se for acamado, até o mapeamento das necessidades específicas, como insumos, medicamentos e equipamentos. Além disso, a comunicação clara com os familiares é crucial para que todos saibam como agir diante de qualquer intercorrência”, explicou.
Profissionais do ‘Melhor em Casa’ atentos às informações
Leandro Dias / Ascom Semsa
Ela, também, ressaltou que os mesmos protocolos são seguidos quando o paciente recebe alta do serviço de atenção domiciliar e passa a ser atendido pela Atenção Primária à Saúde (APS).
“Quando o paciente já não se enquadra mais no perfil para atendimento em domicílio de média e alta complexidade, mas ainda necessita de acompanhamento pelo SUS, é fundamental que ele seja orientado e encaminhado com todas as informações clínicas e sociais necessárias. Isso evita falhas no atendimento e diminui os riscos de agravamento da saúde que poderiam levar a uma nova internação”, concluiu.
Como funciona o programa
Atualmente, o Programa Melhor em Casa em Santarém conta com três equipes multiprofissionais em atividade, que atendem, em média, 57 pacientes simultaneamente. Desse total, cerca de 90% são pessoas acamadas, o que demanda um acompanhamento contínuo e personalizado. Os pacientes recebem visitas domiciliares semanais realizadas por enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas, além de visitas médicas mensais. O atendimento é complementado com serviços de fonoaudiologia e suporte nutricional, conforme a necessidade clínica de cada usuário.
As pessoas incluídas no programa para receber tratamento em casa são, em sua maioria, pacientes internados no Hospital Municipal de Santarém, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h e no Hospital Regional do Baixo Amazonas.
A inserção no programa ocorre a partir das demandas encaminhadas por essas unidades hospitalares, que avaliam o perfil clínico dos pacientes e indicam aqueles que podem ser acompanhados com segurança no domicílio. Além disso, o programa também atende pacientes oriundos de demandas judiciais, reforçando seu caráter inclusivo e voltado para a garantia do direito à saúde.
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