Reino Unido proíbe venda de controles de vídeo game para a Rússia

O Reino Unido anunciou nesta quinta-feira a proibição de exportação para a Rússia de controles de videogame. A restrição se aplica a controles que podem ser usados para pilotar drones e fazem parte do mais recente pacote de medidas comerciais após o início da guerra na Ucrânia.

O anúncio ocorreu depois que a Força Aérea da Ucrânia informou que a Rússia lançou 215 drones e mísseis em um ataque noturno. A União Europeia também adotou uma proibição semelhante para videogames e joysticks no início deste ano.

As novas medidas entram em vigor imediatamente e refletem o maior foco do governo em sanções comerciais, em oposição a sanções financeiras.

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Outras restrições

Créditos: Ministério da Defesa Russo.

O pacote inclui 150 novas sanções comerciais contra a Rússia, que incluem restrições na exportação de software usado pelos setores de defesa e energia. Programas usados para produzir armamentos e procurar e explorar novos poços de petróleo e gás também foram alvo das restrições.

O objetivo das medidas é impedir que tecnologias inovadores cheguem aos setores de defesa e energia da Rússia.

Com as medidas, o governo do Reino Unido quer impedir a transferência de tecnologia usada na produção de bens comuns de alta prioridade. Isso inclui itens eletrônicos como amplificadores e circuitos, que são descritos como “críticos” para o desenvolvimento militar russo.

A exportação de produtos químicos, eletrônicos, máquinas e metais também foi restrita para limitar as capacidades militares e industriais da Rússia.

Uso de Drones na Guerra

Créditos: Paul Ridgeway

O uso de drones na guerra tem sido amplamente noticiado, inclusive com modelos comerciais sendo utilizados para fins militares no conflito. O cenário justifica as sanções de produtos geralmente associados à diversão.

Além de controles usados em jogos, óculos de realidade virtual tem sido utilizados por operadores de drones para aumentar a precisão dos equipamentos.

O alto emprego de drones tem sido impulsionado por uma série de fatores, como o baixo custo de aquisição, a alta eficácia e o baixo custo de treinamento dos operadores.

Apesar de o conflito na Ucrânia ter dado destaque para o emprego dos equipamentos, as forças armadas americanas já usam deles em vários tipos e tamanhos há anos. Deste modo, é razoável afirmar que se trata de uma tecnologia que verá mais e mais usos militares nos próximos anos.

Fonte: BBC.

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