Banco do Brasil (BBAS3): O tamanho da queda do lucro no 1T25, segundo Safra

O Safra refez as contas para a projeção de lucro do Banco do Brasil (BBAS3) e agora vê uma cifra em R$ 8,5 bilhões, antes em R$ 9,2 bilhões, ou seja, um corte na casa dos R$ 700 milhões.

Se os analistas estiverem certos, o lucro deverá recuar 8,8% no ano e 11,4% no trimestre.

  • E MAIS: Ação brasileira da qual ‘os gringos gostam’ tem potencial para subir mais de 20% em breve; saiba o porquê

Além disso, o banco também espera uma margem líquida mais estável na comparação anual, com um ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) ajustado de 19%, ou seja, abaixo do número mágico do mercado de 20%.

O Bradesco BBI também espera que o BB entregue um ROE abaixo de 20%.

Banco do Brasil: Selic faz menos efeito?

O Banco do Brasil é um dos ganhadores de Selic, taxa básica de juros, maior, mas para o Safra o salto dos juros faz menos efeito.

Segundo os analitas, a posição atual de ativos e passivos líquidos do BB por indexador mudou em relação a 2022.

É que antes o BB costumava ter uma posição líquida positiva nas carteiras de taxa fixa (R$ 290 bilhões) e taxa flutuante (R$ 161 bilhões) e um saldo líquido negativo substancial nas linhas direcionadas, como poupança e instrumentos indexados à taxa básica de juros.

  • VEJA MAIS: CURY3, COGN3, CPFE3, TSMC34 e mais 2 ações estão no radar dos bancos e casas de análise nesta semana; confira

Agora, o banco tem focado em uma posição líquida positiva na carteira pre-fixada, enquanto a carteira flutuante (R$ 380 bilhões) tornou-se significativamente negativa, reduzindo a diferença em relação à carteira direcionada.

“Consequentemente, um aumento acentuado na taxa Selic média deve pesar sobre a margem financeira do banco, em vez de ter um efeito positivo, como no passado”.

Precatórios ajudam

Por outro lado, o BB contará com uma forcinha dos precatórios, que são requisições de pagamento que a Justiça faz ao governo (União, Estados, Municípios ou autarquias).

Segundo o Safra, analisando o saldo devedor do primeiro trimestre, haverá cerca de R$ 300 milhões em contribuições extras decorrentes de um aumento de R$ 50 bilhões em depósitos judiciais.

“Assim, a liquidez não foi muito afetada pela sazonalidade habitual no primeiro trimestre, o que ajudou o banco a atingir um volume de tesouraria mais alto”.

O BB divulgará o seu resultado no dia 13 de maio.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.