Vivara lucra no trimestre mas margem bruta acende alerta para analista

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A Vivara (VIVA3) apresentou resultados financeiros robustos no primeiro trimestre de 2025, com lucro líquido de R$ 115,039 milhões, representando um aumento de 221,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida da companhia atingiu R$ 537,081 milhões, um crescimento de 20,8% na comparação anual. Esse desempenho foi atribuído ao aumento das vendas nas lojas físicas e à expansão da rede. O EBITDA ajustado totalizou R$ 101,065 milhões, com uma alta de 54,4% em relação ao primeiro trimestre de 2024. A margem EBITDA ajustada também cresceu, passando de 14,7% para 18,8%.

Expansão da rede de lojas e desempenho das vendas da Vivara

Durante o trimestre, a Vivara inaugurou quatro novas lojas da marca Life, totalizando 461 pontos de venda em operação. A base de clientes ativos cresceu 12,8% na comparação anual, atingindo 2,3 milhões de pessoas.

O faturamento das lojas físicas aumentou 16,4%, alcançando R$ 573,8 milhões, enquanto as vendas digitais cresceram 8,6%, totalizando R$ 84,2 milhões. A receita bruta consolidada atingiu R$ 660,5 milhões, um avanço de 14,9% na comparação anual.

Endividamento e investimentos

O endividamento bruto da Vivara cresceu 17,8%, para R$ 469,5 milhões, devido à natureza das novas operações de risco sacado. A companhia também investiu R$ 7,5 milhões na aquisição de maquinário fabril, mais que o dobro dos investimentos em fábrica no mesmo período do ano passado.

Programa de recompra de ações

A Vivara anunciou a aprovação de um programa de recompra de até 12,3 milhões de ações, com prazo de 12 meses. A medida visa a manutenção em tesouraria, cancelamento, alienação das ações no mercado ou sua destinação a participantes no âmbito de planos de incentivos baseados em ações.

Vivara entrega lucro forte, mas margem bruta decepciona, diz GTI

Apesar dos resultados positivos apresentados pela Vivara no primeiro trimestre de 2025, a analista e sócia da GTI Investimentos, Paola Mello, destaca pontos de atenção, especialmente relacionados à margem bruta da companhia. Segundo Mello, o crescimento da receita veio em linha com as expectativas, mas a margem bruta apresentou uma leve decepção, impactada por fatores específicos do período.

Entre os principais fatores que pressionaram a margem bruta, Mello aponta o aumento do número de funcionários na fábrica de Manaus e a necessidade de importação de mercadorias, o que elevou os custos no trimestre. Ela observa que, embora essas pressões não tenham afetado diretamente a margem operacional e o lucro líquido devido a um aumento nos benefícios fiscais, sem essa compensação, os números operacionais poderiam ter sido menos favoráveis.

Mello ressalta que, de forma consolidada, a Vivara continua sendo uma empresa rentável, com métricas de retorno sobre o capital empregado (ROIC) saudáveis. No entanto, ela alerta que os resultados ficaram marginalmente abaixo do esperado pelo mercado, acendendo uma luz amarela para os investidores.

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