O que é o Chronoworking? Modelo de trabalho segue ritmo biológico do funcionário

Diversas empresas internacionais e algumas brasileiras estão aderindo ao Chronoworking, modelo de trabalho que leva em conta o cronotipo do funcionário — em outras palavras, seu ritmo biológico. A proposta é dar a liberdade de trabalhar no momento em que a pessoa se sente mais produtiva, podendo entrar na rotina laboral mais tarde ou mais cedo do que o padrão.

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O modelo em si pode não ser novidade, mas ganhou esse nome graças à jornalista britânica Ellen C. Scott, que cunhou o termo em 2024, ao prever as tendências de trabalho do ano. A mudança, segundo ela, faz parte da maior flexibilidade adotada pelas empresas desde a pandemia de covid-19, quando trabalhos home-office e híbridos se tornaram mais comuns, além de uma maior valorização do bem-estar do trabalhador e da retenção de talentos.

Chronoworking e a produtividade

Parte da inspiração do Chronoworking está nos trabalhadores que não só fazem home office, mas também moram em outros países e, muitas vezes, em outros fusos horários (sistema conhecido como anywhere office, “escritório em qualquer lugar”, em tradução livre). Com isso, além de terem liberdade para viajar e trabalhar de qualquer lugar, os funcionários podem encaixar melhor a vida pessoal em meio à vida profissional, cuidando dos filhos e da saúde mental com mais eficiência, por exemplo.


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O Chronoworking está ligado ao home-office e everywhere-office, onde se pode trabalhar de qualquer lugar — a adaptação ao relógio biológico dos colaboradores gera benefícios à produtividade e à saúde mental (Imagem: Thought Catalog/Unsplash)
O Chronoworking está ligado ao home office e anywhere office, onde se pode trabalhar de qualquer lugar — a adaptação ao relógio biológico dos colaboradores gera benefícios à produtividade e à saúde mental (Imagem: Thought Catalog/Unsplash)

Como o nome da modalidade já indica, tudo gira em torno do cronotipo do funcionário — há quem funcione melhor pela manhã e quem funcione melhor à noite. Junto às pessoas que se encaixam em ambas as rotinas a depender do dia, formam-se os três cronotipos mais comuns, segundo pesquisas.

É preciso considerar, no entanto, que mesmo que existam pessoas mais noturnas, o corpo humano é diurno, regulado por hormônios como cortisol (para a vigília) e melatonina (para o descanso). O que existem são variações, com propensões genéticas para funcionar melhor em horários diferentes.

Vale lembrar que as legislações trabalhistas ainda precisam ser respeitadas: quem trabalha em horário noturno, após as 22h, precisa receber adicional por isso. Algumas empresas, por isso, limitam a escolha entre as 7h e 22h, por exemplo, também respeitando a interjornada. Entre o fim de uma jornada e início da outra, não podem passar menos de 11 horas consecutivas. Alguns trabalhos, como atendimento ao consumidor, também podem não funcionar bem no Chronoworking.

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